domingo, 28 de fevereiro de 2010

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Duas garrafas de vinho

Em Roma, dois colegas de trabalho, apesar da pouca intimidade, combinaram de jantar juntos ao final de dois dias de uma reunião importante.

A reunião tinha sido pesada, além da longa viagem os horários eram super controlados, as discussões intensas, e uma constante sensação de estarem sendo analisados detalhadamente a cada respiração.

Depois de quase 24 horas de trabalho com o grupo que estava no comando da multinacional, pela primeira vez os dois tinham sentido mais de perto sua cultura e jeito de ser. Conhecê-los de perto, e tão intensamente num espaço tão curto de tempo, fez com que cada um aumentasse a visão da empresa e de seu lugar nela.

O mais jovem viu muitas oportunidades para crescer, ficou cheio de orgulho em ser tratado como um talento e aumentou ainda mais sua admiração por aqueles distintos senhores de ternos escuros e sapatos envernizados.

O mais velho achou tudo muito sem sal, sombrio demais e ficou em dúvida se seria parte da mudança ou parte dos a “serem mudados”. Achava que poderia ajudar aquele grupo a se desenvolver porque afinal gostava do seu trabalho e da sua equipe, mas não estava certo se teria esse espaço ou vontade para escalar essa montanha.

Saboreando uma boa pasta e um Pian delle Vigne Brunello di Montalcino 2003 os dois conversaram sobre amenidades e trabalho, como manda a etiqueta corporativa, mas não puderam deixar de sentir a magia desse líquido rubi que jorrava da boca dessa garrafa negra e golpeava o cristal translúcido. Notas de frutas vermelhas, café e tabaco saíam do seu buquê, e na boca os taninos se mostravam elegantes e complexos, deixando um gosto de quero mais a cada gole.

Apesar do êxtase por aquela obra-prima, a conversa não mudou de rumo, e ambos trataram de memorizar o rótulo, discretamente claro, já que não ficaria bem se mostrar totalmente absorto por aquele vinho. Era melhor agir com naturalidade, como se este fosse apenas mais um dos vários encontros com aquela garrafa.

No dia seguinte, antes de ir ao aeroporto, a primeira coisa que cada um fez foi sair a busca daquela lâmpada negra de um gênio chamado Antinori. Sem se encontrar, os dois foram à mesma loja, foram atendidos pelo mesmo vendedor e  compraram cada um uma única garrafa, porque cem euros estava fora do que seus bolsos estavam acostumados a pagar por um bom vinho.

De volta à sua cidade, na manhã seguinte, o mais novo, ia direto do aeroporto ao escritório e somente depois do expediente desfazia as malas e colocava a garrafa negra na adega dizendo a esposa: 

“Esse é um vinho especial que trouxe da viagem, vou guardá-lo para comemorarmos uma data especial.”

O mais velho, também chegava da viagem mas do aeroporto ia para casa, matar as saudades da esposa e dos filhos, e tirando a garrafa negra da mala dizia:

“Vamos gelar essa preciosidade, temos que comemorar a vida que estamos vivendo!”


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Momento Nova Gramática da Língua Portuguesa

Xerocar: verbo transitivo direto

Conjugação

Presente

Eu xeroco
Tu xerocas
Ele xeroca
Nós xerocamos
Vós xerocais
Eles xerocam


SEXta-feira merece uma bela xerocada!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Cumbia Colombiana

Valéria







Valéria dormia no seu peito, e desde que se conheceram, o paraíso para ele era assim. A pele da moça, lisa, fresca e suave, cheirava a flores, e suas madeixas escorriam pelo seu torso. Ela dormia tranqüila, com pequenas mioclonias e suspiros, colocando para fora tudo que tinha enfrentado naquela semana.

Ele não conseguia viver todas as sensações daquele instante como antes, sentia culpa por não ter estado ao seu lado, por não poder protegê-la contra tudo que há de mau no mundo.

Pouco a pouco recuperava a consciência de sua condição humana e impotência, e agora vendo-a entregue a Morfeu, encontrando porto seguro em seus braços estava certo que ela não precisava de sua proteção.

Essa mulher era dona do seu destino, veio ao mundo com a bravura de uma guerreira Amazona, a sabedoria de uma feiticeira e a beleza de Afrodite.

Seu amor por ela saía por todos os poros, circulava por todas as veias e se transformava em suas próprias vísceras. Começou a abraçá-la mais forte, queria que estes dois corpos virassem um só e Valéria de olhos fechados, sem despertar, o abraçou de volta e disse “Eu te amo”.

La tierra no es una herencia que recibimos de nuestros abuelos, sino un prestamo que nos hicieron nuestros nietos. (Autor Desconhecido)

Essa frase chegou a mim “retuitada” de um jornalista Venezuelano chamado Alberto Ravell . Se ele é seu autor ou não, não sei, mas a danada me colocou para pensar…

Vejo nela duas questões, a primeira e mais óbvia, a do meio-ambiente, que sabemos, é um problema de todos e que deve ser enfrentado rapidamente, mas a segunda, mais escondida, foi a que mais me deixou pensativo. A inversão da importância entre mais velhos e mais novos, passado e futuro, e a maneira “bancária” de estabelecer um empréstimo entre ambas, foi o que achei brilhante.

Cada vez mais o jovem, o novo e o futuro passam a ser mais importantes que o velho, o que já existe e o que ficou para trás, e não estou aqui defendendo que os mais velhos não tenham importância, a questão é mais subjetiva e conceitual. Ninguém está falando em atropelar velhinho na rua, please! Estamos falando de idéias e do aprendizado, como nos desenvolvemos.

Não há nada mais natural que preservar a espécie, esse instinto de sobrevivência que todo animal tem de cuidar da cria, protegê-la e prepará-la para sua maturidade. Como se reflete na frase, os mais jovens são a bola da vez, são o centro das nossas atenções, é para eles que devemos olhar quando queremos enxergar o futuro. Lá na frente, o “é assim que se faz”, “há 25 anos trabalho com isso” e “minha experiência diz” valerão pouco.

O aprender dos pequenos deve ser reinventado, eles devem ser os protagonistas do seu desenvolvimento, enquanto isso nós mais velhos devemos prepará-los para essa caminhada de acertos e erros, de boas surpresas e frustrações e nunca esquecer que temos em mãos uma nota promissória que diz logo no cabeçalho EMPRÉSTIMO - MEU FUTURO.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

E-mail de um maluco 2

Menos de uma semana depois de receber um e-mail do Ricardinho atestando sua loucura por estar feliz na Venezuela, acabo de receber outra mensagem eletrônica dele, e agora quem está preocupado com sua sanidade sou eu… 

(Esse veio em Português, acho que a melancolia não fala outro idioma.)

Meu irmão, tava pirado mesmo quando te mandei aquele e-mail da semana passada! Cara, em menos de 48 horas mudei completamente de opinião, bota uma fé?!?! Isso aqui é uma bosta!!!!! Quero vazar logo!!!!! Vamos fugir deste lugar, como diria Gil!!!!!!!

Renatinho, tudo começou na quinta passada logo cedo. Cheguei no escritório e o Esteban me mandou descer para o Porto para resolver a liberação do famoso container na Alfândega. Levei três horas para percorrer os 50 km e descobri que o engarrafamento era por um Corcel ”0 km” quebrado no túnel. Chegando lá, depois de esperar 2 horas num calor desgraçado, consegui achar o Fiscal responsável e a primeira coisa que o cara me disse foi:

“- Não consegui checar a mercadoria porque estou gripado e entrar na área refrigerada do armazém sem um casaco, impossível! Você não tem uma jaqueta bacana da sua empresa para me dar?”

Saí para comprar uma jaqueta para o cidadão e quem disse que eu achava o Shopping de La Guaira? Como os endereços não tem número, e placa nas ruas não existe, cheguei no muquifo na base da pergunta, com um medo danado de entrar em roubada. Passei em cada lugar sinistro, mas acabei achando a tal espelunca. Deixei o carro no meio da rua, tive que dar a volta numa pilha de lixo e depois de escolher o casaco, a loja não aceitava cartão. Claro, que quando viram meu sotaque resolveram me enfiar a faca! Tive que trocar dólar a 4 x 1 (puta roubo!) para conseguir uma jaqueta dos Tiburones pro cara.

Voltei à alfândega e o Fiscal, agora de jaqueta, demorou mais duas horas e não liberou a mercadoria, disse que falta uma inspeção da Guarda Nacional e provavelmente na semana que vem estaria liberado.

Subindo de volta para Caracas pensando em como explicar ao Esteban que ficaremos mais uma semana sem produto, jogaram uma pedra no meu carro antes da passarela, mas óbvio que não parei para não virar estatística. Estourou o pára-brisas legal, e para conseguir trocar já viu?! Vou ficar de metrô e táxi de novo mais uns meses...

No escritório o principal cara da minha equipe (que deveria ter ido à Alfândega porque é trabalho dele mas estava com a mamãe no médico) veio me perguntar qual seria o “extra”que receberia pela participação em um Projeto Global da empresa. Dei gargalhada, achando ótima a piada e ele me falou sério:

“Ricardo, fui contratado como Gerente de Comércio Exterior na Venezuela. Se vou participar de um Projeto Global de Supply Chain, gostaria de rediscutir meu pacote salarial.”

Fiquei em choque! Me fez tão mal, Renatinho, que deixei ele sem resposta e fui tentar almoçar na padaria do outro lado da rua, sozinho com meus botões. Queria tomar um café com leite gostoso e um sanduíche de queijo, mas fiquei na vontade. Me dizia o Dono que queijo importado não chega desde que virou o ano com a desvalorização.

Sem saber se voltava para o escritório ou não, vi o telefone tocar. Era o Esteban.

“- Ricardo, preciso que me mande um quadro com propostas para cortar 10% dos custos da sua área até o final do dia, ok? Como não vendemos nada até agora, o lucro do ano já está comprometido e nem eu nem meu chefe vamos perder o bônus de novo!”

Na hora pensei no “Gerente”da minha Equipe e sua proposta de pacote salarial, mas só ele não dava os 10%, dava uns 5%. Peguei o guardanapo e comecei a rabiscar, teria que cortar também a festa de final de ano, o curso de inglês da moçada e cancelar minha participação na reunião do Global Supply Chain. Era o único jeito...

Mandei minha proposta pelo BlackBerry para o Esteban e ele me respondeu:

“Ok, favor implementar asap!”

No escritório, entrei mudo, resolvi o que o Esteban pediu, e saí calado para levar o carro na Concessionária. Tentei chamar um táxi mas nenhum apareceu e os da rua não tinham nem banco. Tive que pegar o metrô lotado na “hora pico”e cheguei em casa como se estivesse saído de uma sauna aquecida a óleo.

A rua estava sem luz, tive que ligar para a Luisa descer porque o portão queimou de novo e só abre na chave. Depois de subir onze andares pela escada achei que o dia iria melhorar, mas a Luana estava com febre e vômitos de novo (bem que o Marcos falou para parar de tomar bebida com gelo). Resolvi levá-la na Clínica e ficamos 5 horas esperando para ser atendidos na emergência, e quando chegou nossa vez uma senhora que parecia bem mal chegava com a filha dizendo que essa era a quarta Clínica Particular que tentavam ser atendidas. Elas passarem na frente e fomos os últimos a serem atendidos às 4:30 da matina!

Mesmo assim, no dia seguinte acordei cedo para recuperar as energias naquela corridinha pelo Parque Del Este. Quando chegava perto do areal duas moças vieram correndo no sentido contrário, me dizendo para voltar. Depois me explicaram que tinha acabado de ser roubadas por 3 rapazes escondidos entre os coqueiros.

Pelo menos cheguei em casa e tive uma grata surpresa: como o Supermercado na frente de casa foi expropriado, estamos sem nada na geladeira, então pude me esbaldar numa bela Muzza com ketchup de desayuno!

Devia ter ficado no Pinel, meu amigo, ou será que estamos todos nele?

Ricardo

OBS: Ah, hoje tem protesto da oposição sentido centro e da situação no sentido contrário. Nada de cruzar o caminho delas!

New Orleans Saints - SuperBowl Champions

Uma homenagem aos Saints, campeões do Futebol Americano! O orgulho está de volta à New Orleans...

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Impagável






Lucas Mendes, âncora do Manhattan Connection, entrevistando o convidado Hélio de La Peña, humorista do Casseta e Planeta , no programa do último domingo:

“Hélio, você com esses olhos claros, pele morena e sobrenome La Peña, deve ser mouro, não é?”

“Não, sou preto mesmo. E De La Peña é nome artístico, porque morei na favela da Vila da Penha."
 

sábado, 6 de fevereiro de 2010

E-mail de um maluco

Essa semana recebi un e-mail de um amigo Brasileiro que mora aqui em Caracas. 


Ricardinho, é parceiro da tradicional Cervejinha que tomamos todo Sábado e o cara está tão alterado que nem percebeu que me escreveu em Portuñol-Venezuelano, mas mesmo assim vale à pena publicar seu atestado de insanidade…

(Ricardinho, não te consultei mas tenho certeza que você não vai ficar bravo!)

Hermano, estoy preocupado, me dijeron que estoy loco! Me han dicho que debo tratarme, curarme del problema mental que me tiene dominado! Lo peor es que he escuchado lo mismo de mi familia, de mis amigos, mi jefe (de el no me puedo quejar porque loco es mejor que animal) y hasta el gato también me está mirando raro, seguro piensa lo mismo!

Como te tengo mucha confianza y te considero una persona lúcida me gustaría escuchar tu opinión antes de levantar el teléfono para llamar a la ambulancia del Centro Psiquiátrico.

Te acuerdas cuando a fines del año pasado estábamos todos reunidos tomando la tradicional Solera Criptonita de los Sábados y todos se quejaban de todo en Venezuela y yo dije:

- A mi me gusta vivir acá!

La cara de asombro de todos y lo que dijo Ronaldo?

- Ricardo ya has tomado mucho hoy. No more Soleras!

Y después de todos se cagaren de la risa siguieron conversando como si nada hubiese pasado, te acuerdas? 

Bueno, ese día Ronaldo vino a hablar conmigo porque creía que yo estaba deprimido. Despúes su esposa llamó a mi casa para contar a Luisa lo del asesinato en Valle Arriba y le preguntó si yo estaba mejor. Allí empezó el problema...

En la escuela de las niñas Luisa comentó la semana siguiente con la esposa de mi jefe que yo estaba deprimido y necesitaba ayuda. Esteban me llamó a tomar un café, pensé "Estoy botado! Este hombre nunca me saluda y ahora me quiere brindar un café?" Bueno, después de hablar de trabajo por 15 minutos, me preguntó:

-Estás bien, Ricardo? Sufres de algún problema mental?

-No, Esteban, todo bien.

-Ok.

Y volvió a mirar a su computadora. Salí de su oficina sin entender nada, pero después me dí cuenta: todos piensan que estoy con algún problema mental por estar feliz en Venezuela.

Entonces te pregunto: es locura considerar que a pesar de todos los problemas que enfrentamos acá yo sigo enamorado de las mañanas en el Parque del Este, me encantan las nubes que siempre tocan la cima del Ávila, no vivo sin los programas de César Miguel Rondón en la rádio y los chistes de BobbyComedia en Twitter, admiro Laureano Márquez y Luis Vicente León, me alegro siempre con los Guacamayos que vuelan en mi urbanización, me encanta el Reggaeton, la Salsa, Dudamel y la Orquestra Juvenil. Las Arepas, Cachapas, el Asado Negro y claro nuestra Criptonita (La Solera) son sabrosísimas y hasta me cae bien el Beisbol, puedes creer?!?! Ni hablar de la gente de este país y todo lo que me han enseñado: la importancia de no desistir nunca, no perder la esperanza, ser optimista, saber improvisar, ser “vivo”, ser flexible y conservar el buen humor siempre.

Soy loco entonces porque me siento feliz en poder disfrutar de todo eso? O loco son los que nunca se han dado cuenta y solo hablan de volver a sus países (los extranjeros) o irse de Venezuela (los locales)?

Coño, no joda, sé que la vaina está fuerte pero estoy feliz! Si estar feliz es ser loco, entonces voy a llamar la Ambulancia rápido, pana! Espero tu visita no Pinel!

Ricardo

Bolivarioca

ANTES



DEPOIS


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Do Beisbol ao American Football

O Superbowl, final do campeonato nacional de Futebol Americano, é o evento esportivo mais importante do ano nos EUA. Para assisti-lo o país pára, e recordes de consumo de junk food e TVs de 40” são quebrados. Além dos tão esperados comerciais, que custam alguns milhões de dólares o minuto, e do show do intervalo que sempre apresenta uma grande estrela do showbizz, este ano há algo mais em jogo...

Pela primeira vez na história a equipe de New Orleans, os Saints, chegam à final para enfrentar o favoritíssimo Indianápolis Colts, liderados pelo craque Peyton, primogênito do clã Manning.

Peyton, nasceu em New Orleans, e aprendeu a jogar futebol com o pai, um ex-jogador do Saints. Seu irmão Eli, é hoje o mais famoso jogador do NY Giants e Peyton o único jogador da NFL eleito quatro vezes o melhor da temporada. Chega ao Superbowl podendo levar o título pela segunda vez, depois de ter se sagrado campeão em 2006 contra o Chicago Bears.

O duelo pode ser comparado a uma final de Brasileiro entre o Corinthians de Ronaldo e o Avaí de Guga, mas o que traz mais emoção à essa partida é o que ela representa para a torcida do Saints e para a cidade de New Orleans.

Em 2005 o furacão Katrina quase varreu New Orleans do mapa. Quase duas mil pessoas perderam suas vidas e 80% da capital do Mardi Gras ficou debaixo das águas. O estádio dos Saints, Superdome, apesar de ter sido destelhado quase que por inteiro, passou a abrigar as vítimas do desastre. A violência tomou contas das ruas, principalmente com saques a supermercados pela população desabrigada e a cidade, abandonada por boa parte de sua população, caía de joelhos a espera de socorro.

Nesses últimos quatro anos New Orleans recebeu ajuda, além de vários outros países e ONGs, até de Cuba e da Venezuela, e é claro do próprio Governo Federal Americano. Este, tendo George Bush no comando, foi alvo das mais duras críticas. Bush e seu gabinete foram criticados pela falta de liderança e por terem respondido muito tarde ao desastre, preocupados se a responsabilidade era municipal, estadual ou federal. Sofreram também acusações de racismo e interesses puramente econômicos, quando a população menos afetada teria sido a branca e as primeiras casas reconstruídas, as mais valorizadas no mercado imobiliário.

Ao final de 2006 partes da cidade ainda não contavam com água potável , em 2007, segundo fontes oficiais, a cidade já teria recuperado 2/3 de sua população e no ano seguinte pôde sediar o Jogo das Estrelas da NBA. Atualmente a reconstrução ainda não terminou e a cidade ainda tem grandes desafios pela frente como amparar a grande população de sem-tetos - quatro vezes superior à média das cidades Americanas – e reconstruir os inúmeros edifícios e casas ainda devastados. Nesse contexto o esporte pode trazer à cidade algo que não tem preço e que ela ainda não conseguiu recuperar: seu orgulho.

Drew Brees e os Saints, estarão enfrentando o craque Peyton Manning e seus Colts, e se vitoriosos não só levantarão a taça do Superbowl mas devolverão à New Orleans o orgulho de capital do Jazz, do Mardi Gras, da comida Cajun e da cultura Afro-Americana, deixando para trás o estigma de ghost town.

“Oh, when the saints go marching in
Oh, when the saints go marching in
Lord, how I want to be in that number
When the saints go marching in “