John Boy é capitão do time de futebol americano da Salsalito High School, e bem ao estilo filme americano da sessão da tarde é o melhor atleta da escola, o mais popular, cheio da grana e namorado de Mary Ellen, líder das cheerleaders da escola e Rainha da Beleza da série.
Diego Armando é capitão do time de Rugby do Colégio Avellaneda, herdeiro de uma aristocrática família Argentina é o Príncipe da Sociedade Porteña e namorado da modelo Susana Gimenez, que aos 16 anos já conquistou as passarelas de Milão, Tóquio e Nova Iorque.
A grande diferença entre John e Diego? Apesar de parecerem cópias do mesmo modelo a 10.000 km de distância, é grande...
John é vaidoso, está sempre bonitão e chama atenção por onde passa, se orgulha do atleta que é, tem a exata noção do seu talento esportivo, das suas qualidades e defeitos, e detesta perder, é sempre competitivo. Como conhece suas limitações, John sabe que precisa de um time que o complemente, o capitão reconhece o talento dos outros e tenta aprender com eles o máximo que puder. John sabe jogar com seu time!
Diego é igualmente vaidoso, não descuida do visual, também sabe das suas qualidades e defeitos, e não quer perder uma. A diferença entre os dois é que Diego se julga auto-suficiente, dono da verdade e só vê uma maneira de jogar, a sua. O grupo serve para uma coisa: erguê-lo nos ombros! Diego nunca ouviu falar da essência da liderança, a humildade!
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terça-feira, 18 de maio de 2010
quarta-feira, 17 de março de 2010
O ideal
Mortadela era seu apelido na Padaria do Seu Lima. Tinha 38 anos, mulato, com a cabeça raspada e olhos de quem dorme pouco ou quase nada. Saía de casa de madrugada, às 4, para chegar antes de abrir a padaria e organizar os frios. O Português não dava sopa com o horário. Sempre levava uma revista porque “nunca se sabe quando se conseguirá um lugar sentado na condução, mas na maioria das vezes ia mesmo ouvindo as notícias no radinho para diminuir o peso das duas horas de viagem em pé.
Depois de quase dez anos de trabalho, recebeu uma surpresa que fez seu coração parar por alguns segundos, que pareceram horas... Ganhou, sozinho, a Mega-Sena acumulada.
Cara-a-cara com o bilhete premiado, não sabia o que fazer. Nem comemorou, nem berrou, nem saltou, nem dançou, nada disso, ficou sim com um medo danado! “Mas não é assim que se comemora nas popaganda!” pensou, mas o medo era mais forte.
Medo de tanta coisa... De perder o dinheiro, da inveja dos “parente”, da esposa virá grã-fina metida à besta, dos filhos virá “prayboy”! Medo de mudar, medo de outra vida, de tudo ser diferente.
Olhou para a senhora que sempre tomava o mesmo ônibus com ele e perguntou:
-A senhora já pensou no que fazê se ganhasse na Sena?
-Nunca pensei, porque não gosto de jogá, mas o ideal deve ser comprá uma casa e colocá o resto no banco.
Chegou na padaria e enquanto trocava de roupa perguntou ao chapeiro:
-Vanderlei, cê joga na Sena, meu?
-Opa!
-Já pensou no que fazê se um dia ganhá?
-Por que cê ganhô?
-Vixe, tá maluco, é só uma pergunta!
-Óia, se ganhasse o ideal era mudar pro Gringo porque aqui todo ganhadô ou é seqüestrado, assassinado ou os interesseiro transforma a vida dele num inferno!
Lá pelas 7, chegou o Dr. Soares, sempre gozador, de terno e gravata, para tomar a média e comer o sanduíche de mortadela Ceratti de todo dia.
-Mortadela, bom dia! O de sempre, e capricha no sanduba!
-Pode deixá, Dr. Soares.
Ao levar o sanduíche à mesa do ilustre senhor, perguntou:
-Dr. desculpe interrompê mas sei que o senhor é um empresário e queria perguntá uma coisa...
-Mortadela, nem vem com gozação porque não teve futebol ontem...
-É sério, Dr., tem um conhecido lá donde eu moro que ganhou na Sena e tá com um medo danado de fazê besteira. O que o Dr. acha que ele deve fazê?
-Mortadela, a poupança hoje é um bom investimento devido aos incentivos do Governo. A casa própria também está em um bom momento para a compra, com juros baixos e incentivos também. O carro então, nem se fala, por qualquer trezentos reais dá para comprar um carrinho parcelado com juro baixo. Agora, veja bem, fale para seu amigo que o maior risco nessas horas é perder a noção da realidade, ostentar, gastar sem controle e parcimônia. Ele deve aproveitar essa oportunidade única, e essa grande sorte, para dar um novo horizonte para sua família e a educação é a base de tudo, você sabe?! Se tem filhos é hora de investir no futuro deles... Esse é o ideal, Mortadela.
A cabeça não saía da enxurrada de dinheiro que receberia, no que poderia comprar, viajar, melhorar a vida da família... Até que a ponta do dedo ficou na máquina de fatiar! Sangue para todo lado, gritaria e correria para chegar no hospital logo e salvar o dedinho.
No hospital, com tudo resolvido e a ponta do dedo no lugar, esperava o chefe pagar a conta quando voltou a pensar na Mega-Sena. Olhou para o jovem rapaz do seu lado e puxou conversa como se fosse papo de elevador:
-Quase fico sem o dedo por causa da Mega-Sena.
-Foda né?!
-É. Já imaginou ganhar esse negócio?
-Não.
-Num joga?
-Só minha mãe.
-E o que ela diz que vai fazê se ganhá?
-Vai contratar um médico bom para mim.
-Ah... Sua mãe é bacana, o ideal é isso mesmo.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Valéria
Valéria dormia no seu peito, e desde que se conheceram, o paraíso para ele era assim. A pele da moça, lisa, fresca e suave, cheirava a flores, e suas madeixas escorriam pelo seu torso. Ela dormia tranqüila, com pequenas mioclonias e suspiros, colocando para fora tudo que tinha enfrentado naquela semana.
Ele não conseguia viver todas as sensações daquele instante como antes, sentia culpa por não ter estado ao seu lado, por não poder protegê-la contra tudo que há de mau no mundo.
Pouco a pouco recuperava a consciência de sua condição humana e impotência, e agora vendo-a entregue a Morfeu, encontrando porto seguro em seus braços estava certo que ela não precisava de sua proteção.
Essa mulher era dona do seu destino, veio ao mundo com a bravura de uma guerreira Amazona, a sabedoria de uma feiticeira e a beleza de Afrodite.
Seu amor por ela saía por todos os poros, circulava por todas as veias e se transformava em suas próprias vísceras. Começou a abraçá-la mais forte, queria que estes dois corpos virassem um só e Valéria de olhos fechados, sem despertar, o abraçou de volta e disse “Eu te amo”.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
E-mail de um maluco 2
Menos de uma semana depois de receber um e-mail do Ricardinho atestando sua loucura por estar feliz na Venezuela, acabo de receber outra mensagem eletrônica dele, e agora quem está preocupado com sua sanidade sou eu…
(Esse veio em Português, acho que a melancolia não fala outro idioma.)
Meu irmão, tava pirado mesmo quando te mandei aquele e-mail da semana passada! Cara, em menos de 48 horas mudei completamente de opinião, bota uma fé?!?! Isso aqui é uma bosta!!!!! Quero vazar logo!!!!! Vamos fugir deste lugar, como diria Gil!!!!!!!
Renatinho, tudo começou na quinta passada logo cedo. Cheguei no escritório e o Esteban me mandou descer para o Porto para resolver a liberação do famoso container na Alfândega. Levei três horas para percorrer os 50 km e descobri que o engarrafamento era por um Corcel ”0 km” quebrado no túnel. Chegando lá, depois de esperar 2 horas num calor desgraçado, consegui achar o Fiscal responsável e a primeira coisa que o cara me disse foi:
“- Não consegui checar a mercadoria porque estou gripado e entrar na área refrigerada do armazém sem um casaco, impossível! Você não tem uma jaqueta bacana da sua empresa para me dar?”
Saí para comprar uma jaqueta para o cidadão e quem disse que eu achava o Shopping de La Guaira? Como os endereços não tem número, e placa nas ruas não existe, cheguei no muquifo na base da pergunta, com um medo danado de entrar em roubada. Passei em cada lugar sinistro, mas acabei achando a tal espelunca. Deixei o carro no meio da rua, tive que dar a volta numa pilha de lixo e depois de escolher o casaco, a loja não aceitava cartão. Claro, que quando viram meu sotaque resolveram me enfiar a faca! Tive que trocar dólar a 4 x 1 (puta roubo!) para conseguir uma jaqueta dos Tiburones pro cara.
Voltei à alfândega e o Fiscal, agora de jaqueta, demorou mais duas horas e não liberou a mercadoria, disse que falta uma inspeção da Guarda Nacional e provavelmente na semana que vem estaria liberado.
Subindo de volta para Caracas pensando em como explicar ao Esteban que ficaremos mais uma semana sem produto, jogaram uma pedra no meu carro antes da passarela, mas óbvio que não parei para não virar estatística. Estourou o pára-brisas legal, e para conseguir trocar já viu?! Vou ficar de metrô e táxi de novo mais uns meses...
No escritório o principal cara da minha equipe (que deveria ter ido à Alfândega porque é trabalho dele mas estava com a mamãe no médico) veio me perguntar qual seria o “extra”que receberia pela participação em um Projeto Global da empresa. Dei gargalhada, achando ótima a piada e ele me falou sério:
“Ricardo, fui contratado como Gerente de Comércio Exterior na Venezuela. Se vou participar de um Projeto Global de Supply Chain, gostaria de rediscutir meu pacote salarial.”
Fiquei em choque! Me fez tão mal, Renatinho, que deixei ele sem resposta e fui tentar almoçar na padaria do outro lado da rua, sozinho com meus botões. Queria tomar um café com leite gostoso e um sanduíche de queijo, mas fiquei na vontade. Me dizia o Dono que queijo importado não chega desde que virou o ano com a desvalorização.
Sem saber se voltava para o escritório ou não, vi o telefone tocar. Era o Esteban.
“- Ricardo, preciso que me mande um quadro com propostas para cortar 10% dos custos da sua área até o final do dia, ok? Como não vendemos nada até agora, o lucro do ano já está comprometido e nem eu nem meu chefe vamos perder o bônus de novo!”
Na hora pensei no “Gerente”da minha Equipe e sua proposta de pacote salarial, mas só ele não dava os 10%, dava uns 5%. Peguei o guardanapo e comecei a rabiscar, teria que cortar também a festa de final de ano, o curso de inglês da moçada e cancelar minha participação na reunião do Global Supply Chain. Era o único jeito...
Mandei minha proposta pelo BlackBerry para o Esteban e ele me respondeu:
“Ok, favor implementar asap!”
No escritório, entrei mudo, resolvi o que o Esteban pediu, e saí calado para levar o carro na Concessionária. Tentei chamar um táxi mas nenhum apareceu e os da rua não tinham nem banco. Tive que pegar o metrô lotado na “hora pico”e cheguei em casa como se estivesse saído de uma sauna aquecida a óleo.
A rua estava sem luz, tive que ligar para a Luisa descer porque o portão queimou de novo e só abre na chave. Depois de subir onze andares pela escada achei que o dia iria melhorar, mas a Luana estava com febre e vômitos de novo (bem que o Marcos falou para parar de tomar bebida com gelo). Resolvi levá-la na Clínica e ficamos 5 horas esperando para ser atendidos na emergência, e quando chegou nossa vez uma senhora que parecia bem mal chegava com a filha dizendo que essa era a quarta Clínica Particular que tentavam ser atendidas. Elas passarem na frente e fomos os últimos a serem atendidos às 4:30 da matina!
Mesmo assim, no dia seguinte acordei cedo para recuperar as energias naquela corridinha pelo Parque Del Este. Quando chegava perto do areal duas moças vieram correndo no sentido contrário, me dizendo para voltar. Depois me explicaram que tinha acabado de ser roubadas por 3 rapazes escondidos entre os coqueiros.
Pelo menos cheguei em casa e tive uma grata surpresa: como o Supermercado na frente de casa foi expropriado, estamos sem nada na geladeira, então pude me esbaldar numa bela Muzza com ketchup de desayuno!
Devia ter ficado no Pinel, meu amigo, ou será que estamos todos nele?
Ricardo
OBS: Ah, hoje tem protesto da oposição sentido centro e da situação no sentido contrário. Nada de cruzar o caminho delas!
sábado, 6 de fevereiro de 2010
E-mail de um maluco
Essa semana recebi un e-mail de um amigo Brasileiro que mora aqui em Caracas.
Ricardinho, é parceiro da tradicional Cervejinha que tomamos todo Sábado e o cara está tão alterado que nem percebeu que me escreveu em Portuñol-Venezuelano, mas mesmo assim vale à pena publicar seu atestado de insanidade…
Ricardinho, é parceiro da tradicional Cervejinha que tomamos todo Sábado e o cara está tão alterado que nem percebeu que me escreveu em Portuñol-Venezuelano, mas mesmo assim vale à pena publicar seu atestado de insanidade…
(Ricardinho, não te consultei mas tenho certeza que você não vai ficar bravo!)
Hermano, estoy preocupado, me dijeron que estoy loco! Me han dicho que debo tratarme, curarme del problema mental que me tiene dominado! Lo peor es que he escuchado lo mismo de mi familia, de mis amigos, mi jefe (de el no me puedo quejar porque loco es mejor que animal) y hasta el gato también me está mirando raro, seguro piensa lo mismo!
Como te tengo mucha confianza y te considero una persona lúcida me gustaría escuchar tu opinión antes de levantar el teléfono para llamar a la ambulancia del Centro Psiquiátrico.
Te acuerdas cuando a fines del año pasado estábamos todos reunidos tomando la tradicional Solera Criptonita de los Sábados y todos se quejaban de todo en Venezuela y yo dije:
- A mi me gusta vivir acá!
La cara de asombro de todos y lo que dijo Ronaldo?
- Ricardo ya has tomado mucho hoy. No more Soleras!
Y después de todos se cagaren de la risa siguieron conversando como si nada hubiese pasado, te acuerdas?
Bueno, ese día Ronaldo vino a hablar conmigo porque creía que yo estaba deprimido. Despúes su esposa llamó a mi casa para contar a Luisa lo del asesinato en Valle Arriba y le preguntó si yo estaba mejor. Allí empezó el problema...
En la escuela de las niñas Luisa comentó la semana siguiente con la esposa de mi jefe que yo estaba deprimido y necesitaba ayuda. Esteban me llamó a tomar un café, pensé "Estoy botado! Este hombre nunca me saluda y ahora me quiere brindar un café?" Bueno, después de hablar de trabajo por 15 minutos, me preguntó:
-Estás bien, Ricardo? Sufres de algún problema mental?
-No, Esteban, todo bien.
-Ok.
Y volvió a mirar a su computadora. Salí de su oficina sin entender nada, pero después me dí cuenta: todos piensan que estoy con algún problema mental por estar feliz en Venezuela.
Entonces te pregunto: es locura considerar que a pesar de todos los problemas que enfrentamos acá yo sigo enamorado de las mañanas en el Parque del Este, me encantan las nubes que siempre tocan la cima del Ávila, no vivo sin los programas de César Miguel Rondón en la rádio y los chistes de BobbyComedia en Twitter, admiro Laureano Márquez y Luis Vicente León, me alegro siempre con los Guacamayos que vuelan en mi urbanización, me encanta el Reggaeton, la Salsa, Dudamel y la Orquestra Juvenil. Las Arepas, Cachapas, el Asado Negro y claro nuestra Criptonita (La Solera) son sabrosísimas y hasta me cae bien el Beisbol, puedes creer?!?! Ni hablar de la gente de este país y todo lo que me han enseñado: la importancia de no desistir nunca, no perder la esperanza, ser optimista, saber improvisar, ser “vivo”, ser flexible y conservar el buen humor siempre.
Soy loco entonces porque me siento feliz en poder disfrutar de todo eso? O loco son los que nunca se han dado cuenta y solo hablan de volver a sus países (los extranjeros) o irse de Venezuela (los locales)?
Coño, no joda, sé que la vaina está fuerte pero estoy feliz! Si estar feliz es ser loco, entonces voy a llamar la Ambulancia rápido, pana! Espero tu visita no Pinel!
Ricardo
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
O Haiti é aqui?
Dois amigos sentados num fino restaurante Paulistano beliscavam patas de King Crab do Pacífico acompanhados de um fino espumante francês para papear sobre as férias.
Fernandão dizia:
“Meu, Nova Iorque nunca esteve tão insuportável! Uma fila de uma hora na loja da Apple, mesa para o brunch do The Plaza só com reserva dois dias antes e ingressos para a Broadway nem na mão do nosso amigo Jack. Sem falar na barulheira em Times Square?! Decidimos não ficar no apartamento e ir para um hotel. E o pior, tudo por causa da massa Tupiniquim que invadiu a cidade.”
“Nem me fale!” dizia Toninho.
“E o Caribe então, meu velho?! Levamos uma hora dando voltas para conseguir pousar em St. Martin, encostar o iate em qualquer praia? Impossível! A pousada ao lado da nossa casa também era uma zona só. Dormir só no barco! E o “pobrema”? O mesmo que Niu Iorqui, a Brasileirada tomou tudo!”
Chico que servia os dois ouvia partes da conversa, mas não estava preocupado com o papo, sua cabeça estava em outro lado...
“Trezentos reais por mês em 10 anos dá para comprar um Celta "zero bala". Por 10 de 50 consigo aquele "AI num sei das quantas" que é telefone, toca música, tira foto e é chique demais. Será que com os 20% de liquidação na Zara consigo montar aquele “visu” para impressionar a Andréia?”
Distraído, Chico virou a bandeja de osobuco no costume Ricardo Almeida de Bernardo e ouviu aquele esculacho: “Cacete, meu!” O gordinho careca foi logo tirando o paletó e colocando na mesa tudo que tinha nos bolsos: caneta Montblanc, carteira Luis Vuitton, IPHONE e Blackberry. Almeida, o gerente, correu para resolver o problema oferecendo levar tudo ao tintureiro e ainda por cima um jantar por conta da casa já que o cliente era importante. Bernardinho aceitou porque também não pegava bem dar um escândalo na frente de Melissa. Era o segundo encontro com a modelo/estudante de direito, e não valia à pena perder a chance de desbravar todo aquele milagre da cirurgia plástica por causa de uns reais em roupa grã-fina.
Melissa aprovou o comportamento do rapaz, e ficou ainda mais entusiasmada quando além de pagar novamente a conta, a convidou para um final de semana em Punta Del Este com uns amigos socialites. Quando chegou o carro dele no valet, então, delirou! Seria a primeira vez que entraria num Cayenne, que as amigas já tinham falado tanto.
Na banca de jornal do outro lado da rua se podia ler por todos os lados:
“Brasil: como superamos a crise.”
“Olimpíada e Copa do Mundo em 2014 aquecerão ainda mais a economia.”
“2015 o ano em que o Brasil será primeiro-mundo.”
“São Paulo será um dos cinco principais pólos de consumo do mundo.”
No final da história, o que diriam Caetano Veloso e Zilda Arns...
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