“Cada vez mais precisamos da arte” escutei de um Venezuelano, filho de militares, que sempre viveu no mundo dos negócios, e descobriu a arte depois de três décadas. “E a boa notícia é que hoje em dia temos os meios para que todos possam ser artistas” dizia ele.
Em sua conferência em Caracas sobre “O que é cinema?”, Giuseppe Ferrara, cineasta Italiano, afirmava:
“Uma câmara gravando o que passa na rua é cinema.”
E quando confrontado pelo público que dizia: “De ser assim, está decretada a decadência da arte. Uma criança escrevendo em um caderno não faz literatura!” respondia: “O valor artístico pode ser discutido, mas uma criança escrevendo o que for, é literatura!”
Chegamos a um momento na história em que o indivíduo mais do que nunca passa a ter liberdade e poder. Com exceção de alguns países que vivem sob a mão forte do controle à liberdade de expressão (vivo em um deles), hoje cada um de nós pode expressar-se livremente, artisticamente e ter o poder da informação. De maneira relativamente barata e fácil temos acesso a um universo, e mais do que isso, selecionamos aquilo que queremos receber.
A internet tem possibilitado esse movimento, e com ela a arte é cada vez mais universal, criando novas e alternativas vias aos grandes meios de comunicação, permitindo que cada um “dê seus pulos” de escritor nos Blogs, de fotógrago em sites como Flickr, de cineasta e até atores no Youtube e de músico no MySpace, para citar alguns exemplos...
Através dela dois grandes artistas cruzaram meu caminho, pelo simples acaso e pela facilidade de estarem a apenas alguns clicks de "distância": Omar Salomão e Francisco Blanco.
O primeiro conheci (se é que pode-se dizer assim?) quando comecei a ler seus poemas no blog O Bom Leão por indicação de uma amiga em comum, e me surpreendi em vê-lo descrito pelo jornalista Ricardo Noblat da seguinte maneira:
"Omar Salomão nasceu no dia 14 de janeiro de 1983. Publicou seu primeiro livro À Deriva em 2005 e fez parte da banda carioca VulgoQuinho e Os Cara. Poeta multimídia, está na antologia digital ENTER de Heloísa Buarque de Hollanda. Envolvido também com fotografia, Omar é um dos mais talentosos poetas da nova geração."
O segundo, cheguei até ele comentando em um churrasco em Caracas que queria fazer um curso de Fotografia e um rapaz que tinha acabado de conhecer me deu um telefone e um nome Francisco Blanco. No blog vi o grande artista que esse tal Francisco é, ganhador de concursos municipais e latino-americanos de fotografia. Francisco seguiu a carreira do pai de Publicitário, mas acabou enchendo o saco de “modelos boazudas” para vender cerveja e se rebelou como fotógrafo. Ao final do curso perguntei: "Qual foi essa grande frustração com o mundo da propaganda?"
"Vem desde pequeno quando fui ao estúdio de gravação com meu pai e vi um personagem infantil famoso tirando a cabeça de pelúcia!"
Que bom, Fran, devemos a ele o surgimento de um grande fotógrafo...
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