quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Valéria







Valéria dormia no seu peito, e desde que se conheceram, o paraíso para ele era assim. A pele da moça, lisa, fresca e suave, cheirava a flores, e suas madeixas escorriam pelo seu torso. Ela dormia tranqüila, com pequenas mioclonias e suspiros, colocando para fora tudo que tinha enfrentado naquela semana.

Ele não conseguia viver todas as sensações daquele instante como antes, sentia culpa por não ter estado ao seu lado, por não poder protegê-la contra tudo que há de mau no mundo.

Pouco a pouco recuperava a consciência de sua condição humana e impotência, e agora vendo-a entregue a Morfeu, encontrando porto seguro em seus braços estava certo que ela não precisava de sua proteção.

Essa mulher era dona do seu destino, veio ao mundo com a bravura de uma guerreira Amazona, a sabedoria de uma feiticeira e a beleza de Afrodite.

Seu amor por ela saía por todos os poros, circulava por todas as veias e se transformava em suas próprias vísceras. Começou a abraçá-la mais forte, queria que estes dois corpos virassem um só e Valéria de olhos fechados, sem despertar, o abraçou de volta e disse “Eu te amo”.

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